Guilhufe fica no limiar de Concelho de Penafiel, situada junto à margem esquerda do Rio Sousa e a cerca 4 quilómetros da sede concelhia, no distrito do Porto. O seu orago é S. João Evangelista, celebrado anualmente no mês de Agosto, porém outras festividades aqui são realizadas, como é o caso das festas de Nossa Senhora de Fátima, em Maio, de S. Brás no mês de Fevereiro e de S. Sebastião a meados de mês de Setembro.
“Guilhufe” é topónimo de singulares sugestões etnológicas, julgando-se que seja um derivado do patronímico “Viliulfos”, muito usado até ao século XII.
As origens de Guilhufe são certamente bastante recuadas, embora sejam escassos os documentos que as explanem; evidentes são os sinais dos romanos no local: uma calçada e uma ponte, esta denominada de Cepeda. Segundo as informações do padre Carvalho, a antiga freguesia de S. João Evangelista de Guilhufe era uma abadia da apresentação do Convento de Cête, no Concelho de Paredes; facto que não é de todo estranho, pois em 1112, o Mosteiro de Cête recebeu da Condessa viúva, D. Teresa de Aragão, uma ampla carta de couto, testemunhada pelos bispos D. Hugo, do Porto e D. Gonçalo de Coimbra, que lhe traria os rendimentos de diversas circundantes. O povoamento do território de Guilhufe, em pleno século XIII, provavelmente se manifestava de forma semelhante em todos os outros povoados do antigo Concelho de Penafiel: grande parte dos casais pertenciam à igreja e aos mosteiros, muitos deles adquiridos por doação; uma outra parte era da coroa e outra, mais pequena, pertencia a fidalgos. Naquela altura, o cultivo era muito mais vasto do que o povoamento, porque exteriormente aos casais, existiam numerosas propriedades, particularmente leiras e campos, em regra geral reguengas, mas em grande parte dos casos logrados por fidalgos que se recusavam a pagar o devido foro.
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